3 de outubro de 2010
Olhe, não fique assim não, vai passar. Eu sei que dói, é horrível. Eu sei que parece que você não vai aguentar, mas aguenta. Eu sei que parece que você vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar. Dor é assim mesmo: arde e depois passa. Aliás, a vida é assim mesmo, arde, depois passa! A gente acha que não vai aguentar, mas aguenta as dores da vida. Pense assim: agora está insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. Mas agora já passou, agora são dez segundos depois da frase passada. Sua dor já dez segundos menor do que há duas linhas atrás. Você acha que não porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já está longe. A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo - é dificil de se acreditar, eu sei - vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar. Quando voce for ver, já passou. Agora não dá mesmo para ser feliz. É impossivel! Mas quem disse que a gente precisa ser feliz sempre? Isso é bobagem. Como cantou Vinicius: "É melhor viver do que ser feliz". Porque para viver de verdade a gente tem que quebrar a cara, tem que tentar e não conseguir, achar que vai dar certo e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer alguma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir alguma coisa terrível, mas que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado para trás, cai. Dói, eu sei como dói. Mas passa. Está vendo a felicidade ali na frente? Não, você não está vendo porque tem uma montanha de dor na frente. Continue andando. Você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço. Vai querer desistir, mas não vai desistir, porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuire o único jeito de deixá-la pra trás é continuar andando. Você vai ser feliz. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade, eu não minto. Vai passar!
30 de agosto de 2010
21 de agosto de 2010
16 de agosto de 2010
O amor não sabe esperar
Se você soubesse o estado que eu estou agora, zumbi, pegando detalhes seus por aqui, e doendo tanto que nem sei mais por onde começar. Eu não aguento mais começar. Queria tanto continuar. Me perdoe pelos meus mil anos à frente dos nossos segundos e pela saudade melancólica que eu sinto o tempo todo. E eu, que sei fazer tantas coisas, não sei fazer a única coisa que me interessa no mundo: fazer você me amar. Eu sou agora uma simples sanfona de esperança. Enfim, cansei de pedir desculpas por quem eu sou. Cansei de ouvir de todo mundo como é que se ama, se permanece, se constrói. Eu tentei com todas as forças amar e ser amada por você e agora sofro com todas as forças pelo buraco entre o meu travesseiro que ainda tem o seu cheiro e meu coração que ainda tem você. Fico me perguntando para quem mesmo eu tenho que ser agora. É tão dificil ser para mim mesma, só tem graça quando se é para alguém. E que se foda o amor próprio. Você me disse e me olhou de formas terríveis mas o que sobrou colado em cada parte do dia e de mim é a maneira como você sorri igual criança e como eu gosto de você por isso (e por tudo). E quando é incrível e até mesmo quando é ruim e egoista eu ainda continuo gostando de você. Deve ser porque eu amo mesmo os seus defeitos. Vai começar a chover e eu posso chorar sem que ninguém perceba, minha vontade continua igual, meu amor continua aqui. Mas infelizmente falta você. Só falta você lembrar de tudo isso e acreditar de novo. Acreditar e simplesmente aceitar. Como era. Como foi. Como era pra ser. Como sempre será..
12 de agosto de 2010
Perdoa minha loucura?
Não foi por querer.
Aliás, foi sim por querer, por querer você demais
-
Que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor, e a outra metade..
também!
11 de agosto de 2010
Minhas palavras mentem, meus olhos são puros e verdadeiros

Brincadeira idiota.
E é em mim maior que eu mesma..
Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como pude ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava. Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo.
Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existe morte para o que nunca nasceu..
Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo ou errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo. Simplesmente isso.
T. Bernardi
Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existe morte para o que nunca nasceu..
Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo ou errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo. Simplesmente isso.
T. Bernardi
10 de agosto de 2010
Ser feliz e mais nada!

Com vários meios e sem fim. Olhos voltados para o céu. Brigadeiros e amores adoçam minha vida. Ansiosa, sincera, orgulhosa, ciumenta, companheira. Muito mais chocolate que pimenta, eu diria. Estou atrás de olhares sinceros, abraços apertados, frios na barriga, sorrisos de verdade, risadas espontâneas. Gosto de gente de alma limpa. Sou fúria ao que me congela e cautela ao que me silencia. Intolerância apenas aos que pisam em meu sorriso. E até meus meios sorrisos são verdadeiros. Luto para atravessar o horizonte incerto, para encontrar a minha vida toda em cores. Suavizei meu soco, amoleci minha marcha, embora minha dança continue sendo queda equilibrada. Sou minha familia, meu amor, meus amigos, meu conhecimento, minha casa, meu corpo, meus pensamentos bagunçados e até meus desejos bobos. Não tenho mais medo do que não é inteiro e nem verdadeiro. Não me preocupo com o passado, pois o importante é o presente! Eu só perdi alguns jogos idiotas, mas meu espirito permanece invencível. Sairei pra voar um pouco.. Mais do que tudo, mais do que nunca quero aprender a voar. Guardo meus medos para mim mesmo, mas partilho minha inspiração com quem souber voar comigo.
9 de agosto de 2010
7 de agosto de 2010
I wanna be..
I wanna be the rain that slide your skin. I wanna be the sun tha keeps you warm, I wanna be the wind that freshen you up, I wanna be the path that you'll follow, I wanna be the words on your mouth, I wanna be the sparkle on your eyes. I wanna be everything that makes you be just you, I wanna be your past, your present and your future. Till de end of times, I wanna be yours!
Só o que eu peço é um pouco de cor..

6 de agosto de 2010
Quase lá..
Eu quase consegui abraçar alguém semana passada. Por um milésimo de segundo eu fechei os olhos e senti meu peito esvaziado de você. Foi realmente quase. Acho que estou andando pra frente. Ontem ri tanto no jantar, tanto que quase fui feliz de novo, mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história pra você. E fiquei triste de novo. Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim, quem diria? Alguém gosta de mim! E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu acho que também gosto dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente. Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias. Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não-pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, agora é um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranquila em nada, feliz em nada. Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade terminar o dia tendo a certeza que é só mais um dia com um restinho de quase, e um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca. Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter conseguido ser inteira pra você que o meu fim de amor também não é inteiro. Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas garotas, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto. O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é.
Tati Bernardi
Tati Bernardi
5 de agosto de 2010
4 de agosto de 2010
E tudo sempre passa..

Vai passar. Tu sabes que vai passar! Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso as vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como "estou contente outra vez".
Contidamente, continuamos! E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas como "sei que vai passar". Esse é o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.
É só uma tempestade, eu sei que vai passar!
Contidamente, continuamos! E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas como "sei que vai passar". Esse é o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.
É só uma tempestade, eu sei que vai passar!
26 de maio de 2010
Eu nunca vou entender..
Mais um domingo que você me liga. Igual faz a uns quatro ou cinco anos. Você beija a sua mãe depois do churrasco, dá um oi carinhoso e finalmente pensa sem culpa na sua ex, cheira sua camiseta pra ver se a coisa tá muito feia e descobre que sua vida está prestes a ficar vazia: chegou a hora de me ligar.
Você não sabe ao certo o que vê em mim, mas também não sabe ao certo o que não vê. Você sabe que pode ter uma mulher mais gostosa do que eu, mas por alguma razão prefere a gostosa garantida, aquela que ainda ri das suas piadas. Mesmo sendo as mesmas piadas há quatro ou cinco anos.
Aí você me liga, com aquele ar descompromissado e meigo de quem só quer ir no cinema com uma velha amiga. Eu não faço a menor idéia do que vejo em você, mas também não faço idéia do que não vejo. Eu posso ter um cara mais gostoso, como de fato já tive milhares de vezes. Mas por alguma razão prefiro suas piadas velhas e seu jeito homem de ser. Você é um idiota, uma criança, um bobo alegre, um deslumbrado, um chato. Mas você é homem. E talvez seja só por isso que eu ainda te aguente: você pode ter todos os defeitos do mundo, mais ainda é melhor do que o resto do mundo.
Aí a gente, sem saber ao certo o que está fazendo ali, mas sem lugar melhor para estar, acaba pulando o cinema que nunca existiu e indo direto ao assunto. O mesmo assunto de quatro ou cinco anos que, assim como as suas piadas, nunca cansam ou enjoam.
E aí acontece um fenômeno muito estranho comigo. Mesmo quando não é bom, mesmo quando cansado e egoísta você não espera por mim e vira pro lado pra dormir ou pra voltar à sua bolha egocêntrica de tudo o que é seu, eu sempre me apaixono por você. Todas as vezes que te vi, nesses últimos quatro ou cinco anos, eu sempre me apaixonei por você. Eu sempre estive pronta pra começar algo, pra tomar um café de verdade, pra passear de mãos dadas no claro, pra poder te apresentar ao sol sem receber mensagens de gente louca ou olhares curiosos, pra escutar uma piada nova. E você sempre ignorou esse fato, seguindo seu caminho que sempre é interrompido pelo vazio da sua camiseta fedendo a churrasco. Eu nunca vou entender. Eu nunca vou saber porque a vida é assim. Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais.
Eu só sei que agora eu vou tomar um banho, vou esfregar a bucha o mais forte possível na minha pele e vou me dizer pela milésima vez que essa foi a última vez que vou ficar sem entender nada. Mas aí, daqui uns dias, igual faz há uns cinco ou seis anos, você vai me ligar. Querendo pegar aquele cineminha, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.
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